Tarcísio cita ‘sentimento de frustração’ após ataque: ‘Escola tem que ser um local seguro’
Foto: Google Maps

Tarcísio cita ‘sentimento de frustração’ após ataque: ‘Escola tem que ser um local seguro’

Estudante de 16 anos invadiu a escola e cometeu ataque a tiros; uma vítima não sobreviveu

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o governo está se “sentindo frustrado e impotente” após o ataque a uma escola estadual no Jardim Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, nesta segunda-feira, 23. Segundo o político, a gestão irá rever as ações de prevenção à violência no ambiente escolar, implantadas em março deste ano, após outro ataque à escola que ocorreu no estado. 

O caso desta segunda-feira ocorreu na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Rua Senador Nilo Coelho, por volta das 7h30. Segundo a PM, o atirador, de 16 anos, é aluno da escola e foi detido. Ele deu a arma para a diretora após o ataque e se entregou. As três vítimas feridas por disparo de arma de fogo foram socorridas ao Pronto Socorro do bairro, e uma não resistiu. 

Em coletiva de imprensa após o ocorrido, ao lado do secretário de Educação Renato Feder, o governador afirmou que a escola sempre foi reconhecida pela sua qualidade de ensino. “Nós estamos extremamente consternados com mais uma ocorrência de violência na escola. Uma boa escola, com 1800 alunos, que tem muita procura, que tem fila. Uma escola que a gente sempre espera que as crianças venham para cá para aprender, para desenvolver habilidades, competências, para conviver com os amigos, para ter boas lembranças e infelizmente acontece uma tragédia dessas”, lamentou. 

Tarcísio também afirmou que a vítima fatal era uma estudante do 3º ano do Ensino Médio, de 17 anos. “Estava terminando o ciclo escolar, com seus sonhos, prestes a encarar o vestibular, de dar o próximo passo na sua formação”, acrescentou. De acordo com governador, as informações preliminares apontam que a vítima não tinha relação com o caso. Ela foi a primeira pessoa vista pelo jovem e acabou atingida. 

Ainda segundo o governador, os outros três alunos feridos estão estáveis e passam bem. Dois deles foram feridos por disparos de arma de fogo e um deles se feriu ao tentar fugir do atirador. 

De acordo com Tarcísio, esse é o momento do governo refletir sobre a efetividade da série de medidas para ampliar o acolhimento psicológico e ações de prevenção à violência no ambiente escolar colocadas em prática desde a ocorrência de março, quando houve o ataque à faca na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona Oeste da capital.

“Estávamos aqui com ronda escolar funcionando, escola conta com psicológo. Tivemos no último mês 15 atendimentos do psicólogo na escola, houve treinamento contra agressão ativa na escola, e ainda assim não foi suficiente. Está havendo um esforço muito grande para evitar esse tipo de ação, um esforço das secretarias de Educação e de Segurança Pública. De março para cá, 165 tentativas ou suspeitas foram frustradas. Mas é aquilo, por mais que você evite uma série de ocorrências, quando uma você não consegue evitar, quando você falha, fica a dor e a necessidade de rever tudo que estamos fazendo para evitar novas ocorrências. A escola tem que ser um local seguro”, disse ele. 

Durante a coletiva de imprensa, o governador também fez referência ao fato do estudante que efetuou os disparos ter sofrido bullying por parte dos colegas por ser homossexual, o que foi relatado pelos próprios alunos da instituição.

“Nós temos que combater o bullying, a homofobia. Depois de uma situação dessas, chegamos a conclusão que não estamos sendo capazes, ainda não chegamos no que é ideal. Nada vai trazer a vida da vítima de volta, mas temos que pensar no futuro da rede, da segurança da escola. O sentimento que fica, além da tristeza, é frustração. A gente se sente incapaz, impotente, de lidar com esse tipo de situação. E vamos trabalhar para ver que medidas a mais podemos tomar para evitar novos incidentes. É muito triste o que aconteceu hoje”, disse Tarcísio. 

Aluno não parecia ser potencial agressor, diz escola
Segundo o secretário de Educação Renato Feder, a diretora afirmou que o aluno não chamava a atenção no sentido de ser um potencial agressor. Ele confirmou que houve um episódio em que esse aluno aparecia sendo agredido por outras estudantes em junho, e disse que após o ocorrido foram chamados os pais e tomadas as medidas com os envolvidos na escola. 

Com Informações: Terra

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