O resultado das análises conduzidas pela organização foi publicado na edição 2023 do estudo “O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica”, realizada pelo programa Observando os Rios, divulgado em março. O relatório apresenta um monitoramento das bacias hidrográficas do bioma por meio de dados do Índice de Qualidade da Água (IQA). Dados da organização revelam que os rios do bioma onde vive maior parte da população brasileira se mantêm distantes da qualidade de água adequada.

Outro rio que corta a região e que integrou a pesquisa foi o Tietê, com pontos de monitoramento em Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano. No entanto, o rio, que é um dos principais do estado, obteve IQA ruim em todas essas cidades em 2022, assim como no ano anterior.

Segundo o levantamento, o Rio Balainho apresentou melhora por causa da execução de obras estruturantes de coleta e tratamento de esgoto. Nesta edição, rios e corpos d’água de 74 municípios estiveram sob avaliação, que ocorreram em 16 estados da Mata Atlântica. Foram realizadas 990 análises em 160 pontos, com a colaboração de 2,7 mil voluntários.

A diretora de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, explicou na publicação que um dos objetivos da organização é garantir que o acesso à água limpa seja reconhecido como um direito básico para todos.

“Estamos mobilizados com a nossa rede de voluntariado do ‘Observando os Rios’. O alcance do direito fundamental à água limpa para todos será resultado de um processo de longo prazo de políticas públicas consistentes e de projetos de saneamento ambiental e conservação das bacias hidrográficas do país”, disse.