Tragédia em SP: governo reforça policiamento após saques no litoral

Após registros de saques a casas e veículos com doações a vítimas do litoral norte, PM envia cerca de 400 homens para reforçar policiamento

Cerca de 400 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram enviados às cidades do litoral norte de São Paulo para reforçar o policiamento diante de registros de saques a casas desocupadas por risco de deslizamento e também a veículos com doações para vítimas da tragédia causada pelas fortes chuvas durante o Carnaval.

O objetivo é reforçar a sensação de segurança entre a população, para facilitar a remoção de pessoas que moram em imóveis que ainda correm risco de desabar. Os primeiros 80 homens dessa equipe de reforço chegaram ao litoral norte na terça-feira (21/2). Cerca de 300 agentes chegam nesta quarta-feira (22/2), segundo o governo estadual.

De acordo com a Defesa Civil, o número de mortos em decorrência da tragédia causada pelas chuvas durante o Carnaval subiu para 48 nesta quarta-feira (22/2). Ubatuba registra uma vítima; as outras 47 mortes ocorreram em São Sebastião – a cidade mais atingida. Estimativas indicam que há 38 pessoas desaparecidas, 1.730 desalojadas e 766 desabrigadas.

Saques

Segundo o governo paulista, embora, até o momento, não tenham sido registrados boletins de ocorrência, já há notícias de saques a veículos que levavam doações para a região nas últimas horas. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que o medo de saques a casas tem dificultado a retirada de pessoas de áreas de risco.

“A gente nota uma dificuldade grande”, afirmou Tarcísio. “Você consegue, às vezes, remover a pessoa para o abrigo, e ela recebe a notícia de que saquearam a casa dela. Aí ela quer voltar para casa e não quer sair de jeito nenhum, porque não quer perder o que tem. Então, estamos tendo uma dificuldade muito grande de convencimento”, disse o governador.

Por causa dessa dificuldade, o governo paulista obteve autorização da Justiça para remover compulsoriamente os moradores de casas da região que se recusarem a deixar as áreas de risco.

Com Informações: Metrópoles

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