Suzano é a única cidade da região que atende 100% de sua população com o fornecimento de água encanada e rede de esgoto, de acordo com estudo do Instituto Trata Brasil realizado em parceria com a GO Associados, divulgado nesta segunda-feira.

Os bons resultados renderam para a cidade a 13ª posição do ranking das cem cidades com melhor saneamento do Brasil. Mogi das Cruzes também aparece na lista, ocupando a 56ª colocação.

O relatório é apresentado na 15ª edição do Ranking do Saneamento com foco nos 100 maiores municípios do Brasil. Trata-se de uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2021, publicado pelo Ministério das Cidades. Desde 2009, o Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico do país.

Com 303.397 habitantes, Suzano subiu uma posição no ranking em comparação com a edição passada, quando ocupava o 14º lugar. Além fornecer água encanada e esgotamento para todos os moradores, a cidade trata 54,7% do volume coletado. O investimento nos serviços, que são prestados cidade pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), foi de R$ 278 milhões entre os anos de 2017 e 2021.

Já em Mogi das Cruzes, o município caiu duas posições no ranking em um ano, saindo da 54ª para a 56ª. Com 455.587 habitantes, a cidade, por meio do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (SEMAE), fornece água encanada para 91,47% da população e esgotamento sanitário para 86,27%. Já o tratamento de esgoto alcança os 47,2% do volume coletado. Todos os serviços foram resultado dos R$ 225,4 milhões investidos em quatro anos, de acordo com o relatório.

Perdas

O relatório do instituto também apresenta o volume de perda de água tratada. Em Suzano chega a 26,14% e Mogi 48,65%. Já sobre o esgoto descartado sem tratamento, na primeira cidade o total representa cinco piscinas olímpicas e na segunda, 13.

Brasil

A falta de acesso à água potável impacta quase 35 milhões de pessoas e cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde da população que diariamente sofrem, hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica, de acordo com o Trata Brasil. Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem grandes dificuldades com o tratamento do esgoto, do qual somente 51,20 % do volume gerado é tratado – isto é, mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.

Com Informações: Portal News