Saúde vai substituir vacina “gotinha” da Polio por injetável em 2024
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Saúde vai substituir vacina “gotinha” da Polio por injetável em 2024

Tradicional formato oral da vacina será substituído por versão injetável de forma gradual. Medida é baseada em avanços científicos

O Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (7/7), que vai substituir gradualmente a Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP), conhecida como “gotinha”, pela versão injetável do imunizante a partir de 2024. Segundo a pasta, a mudança representa um avanço tecnológico para maior eficácia da vacinação.

A vacina oral ficou popularmente conhecida graças às campanhas de vacinação protagonizadas pelo personagem Zé Gotinha, criado em referência à vacina oral. A substituta, a vacina inativada (VIP), é injetável e também conhecida como Salk.

A nova recomendação foi apresentada durante live da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Segundo a pasta, a mudança na versão do imunizante foi aprovada após o debate de novas evidências científicas para proteção contra a doença. “A atualização representa um avanço tecnológico para maior eficácia da vacinação”, diz o comunicado.

Mudanças

A VIP (versão injetável) já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição que começa no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras, que completarem as três primeiras doses da vacina, irão tomar apenas um reforço com ela aos 15 meses.

A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio.

A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é erradicada no país desde 1994, no entanto, a queda na cobertura vacinal registrada nos últimos anos preocupa especialistas devido ao risco de volta da doença infectocontagiosa.

A cobertura vacinal contra a poliomielite ficou em 77,19% em todo o Brasil ano passado, longe da meta de 95% para a vacina. Por isso, a mobilização para retomar as altas coberturas vacinais do país, que já foi referência internacional é fundamental, segundo o ministério.

Com Informações: Metrópoles

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