Concessão inclui as rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga e a consequente cobrança de pedágio

A empresa que terá a concessão das rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, em Mogi das Cruzes, e promoverá a cobrança de pedágio nas das duas estradas, deve ser conhecida no próximo dia 16, data que está marcado o leilão do Lote Litoral. Sem retorno por parte da Justiça, a suspensão do edital, solicitada pela Prefeitura de Mogi no final de 2023, não deve impedir que a concorrência tenha andamento. 

O edital para a concessão por 30 anos de 213,5 quilômetros de rodovias do Lote Litoral Paulista, que liga o Alto Tietê ao Litoral Sul, foi publicado no Diário Oficial do Estado do dia 15 de dezembro. O projeto integra o Programa de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e prevê investimento de R$ 4,3 bilhões.

Os recursos serão aplicados em duplicação, ampliação de vias, acessos, melhorias em dispositivos de acesso e retorno, obras de infraestrutura viária, além de serviços como atendimento por equipes de socorro mecânico, guincho, primeiros socorros e monitoramento das rodovias por sistemas de câmeras.

A concessão contempla as rodovias SP-055 (Rodovia Padre Manoel da Nóbrega), SP-088 (Mogi-Dutra) e SP-098 (Mogi-Bertioga), que passam pelos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Bertioga, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri, Pedro de Toledo e Miracatu.

Desde o segundo semestre de 2023, a Prefeitura de Mogi vem se manifestando contrária a terceirização da gestão das estradas que cortam a cidade, bem como a cobrança de pedágio, e para tentar barrar a concessão vem trabalhando nos campos político e jurídico, “defendendo os interesses da população e das forças produtivas do município.”

 Até o momento o Executivo já impetrou duas ações referentes à concessão do Lote Litoral.  Os processos seguem sendo discutidos a questão no âmbito das instâncias judiciais. 

 Movimento

O Movimento Pedágio Não se manifestou sobre a proximidade do leilão, destacou que o momento é de acompanhamento e reforçou que as mobilizações populares contra a cobrança perdem força em razão de não se tratar de um ano eleitoral para o governo do Estado. “Não gero mesmo impacto como aconteceu no passado, na nossa primeira luta contra o pedágio. Não temos esse trunfo no momento e entendemos que essa não é uma corrida curta, mas sim uma maratona. Ao longo desse processo o Movimento vai se fazer importante e estaremos preparados para isso”, finalizou.

Com Informações: Grupo Mogi News