Desenrola: BB, Santander e Itaú vão aderir a programa do governo
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Desenrola: BB, Santander e Itaú vão aderir a programa do governo

Desenrola, programa do governo para renegociação de dívidas, foi lançado nesta semana pela Fazenda. Bancos confirmam adesão

Os principais bancos privados do Brasil irão aderir ao Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo federal lançado nesta semana.

A medida provisória sobre o tema foi publicada no Diário Oficial da União, mas uma regulamentação ainda terá de ser feita nos próximos dias.

Banco do Brasil (estatal), Santander e Itaú (privados) confirmaram ao Metrópoles que vão participar das renegociações no programa e aguardam a regulamentação.

O Bradesco não respondeu sobre a participação até o fechamento desta reportagem, mas havia informado anteriormente a intenção de aderir ao Desenrola.

A adesão dos principais bancos era dada como certa, uma vez que a Febraban, federação que reúne as instituições, participou do desenho do programa com o Ministério da Fazenda e se pronunciou favoravelmente à medida.

O Desenrola, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi anunciado oficialmente na segunda-feira (5/6).

O governo estima que o programa beneficiará 70 milhões de pessoas inadimplentes, com renegociação de até R$ 100 bilhões em dívidas.

Febraban diz que bancos “darão sua contribuição”

Nesta semana, após o anúncio do Desenrola, a Febraban se pronunciou afirmando que o desenho do programa está “em linha” com o que foi conversado com ministros nos últimos meses.

“Quando entrar em operação, os bancos darão sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem suas dívidas”, disse em nota Isaac Sidney, presidente da Febraban.

A instituição disse que a medida tem potencial para garantir que o crédito continue sendo “oferecido de forma segura” no Brasil.

Renegociações em julho

A previsão é que as renegociações no Desenrola comecem a partir de julho, com credores devendo se cadastrar em uma plataforma onde haverá o leilão das dívidas. As instituições que oferecerem mais descontos serão contempladas.

A Febraban disse que a construção da plataforma “exige soluções tecnológicas e digitais de grande porte, que estão em fase final desenvolvimento”.

O Desenrola terá renegociação em dois grandes grupos. Para os que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640), o governo oferecerá garantia para dívidas de até R$ 5 mil, que poderão ser parceladas em 60 vezes.

Para os demais, a negociação é direta com as instituições financeiras e não há garantia oferecido pelo governo. Ainda assim, a expectativa da Fazenda é que a plataforma pública mediada com os bancos facilitará o recebimento de uma oferta de renegociação para os devedores.

Com Informações: Metrópoles

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