Derrite diz que sugeriu a Tarcísio contratação de policiais aposentados para escolas de SP
Foto: Reprodução Jovem Pan

Derrite diz que sugeriu a Tarcísio contratação de policiais aposentados para escolas de SP

Secretário da Segurança Pública afirmou que a ideia de contratação dos policiais veteranos não é torná-los ‘xerife escolar’, mas gestores de programas de integração entre as pastas da Educação e Segurança Pública dentro das escolas.

O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), disse nesta quarta-feira (25) que sugeriu ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que contrate policiais aposentados para atuarem na resolução de conflitos e orientação de estudantes nas escolas públicas do estado.

A conversa com o Tarcísio, segundo Derrite, aconteceu depois que uma estudante de 17 anos foi morta na última segunda (23), dentro da Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo.

A jovem foi baleada na cabeça por um aluno de 16 anos, que foi detido. Outras três pessoas ficaram feridas.

“O que eu sugeri para o governador: pensar num programa em que policiais veteranos sejam recontratados pelo estado para serem gestores do programa de segurança escolar. Ele vai cuidar das rondas do programa escolar, das câmeras da vizinhança solidária escolar, da integração do sistema administrativo da educação”, disse o secretário.

Derrite afirmou que a ideia de contratação dos policiais aposentados não é torná-los um ‘xerife escolar’, mas um gestor de programas de integração entre as pastas da Educação e Segurança Pública.

“Ninguém está falando de colocar um policial que vai ser um xerife na escola, ele vai ser o gestor do programa de segurança escolar. O veterano seria o responsável por isso, melhorando a integração [entre Educação e Segurança Pública]”, declarou.

“A presença policial nas escolas eu acho fundamental para dissuadir qualquer outra tentativa de uma juventude que tem que ser cuidada; os jovens que não tem base familiar, que estão em depressão, que não sabem lidar com resiliência e acabam cometendo esses crimes lamentáveis. A minha sugestão que foi apresentada para o governador, que vai avaliar, é que haverá uma série de medidas para ampliar a proteção da segurança nas escolas”, completou.

O secretário participou na manhã desta quarta (25) da abertura de um congresso internacional de operações policiais (COP Internacional), conjugado com uma feira de produtos de segurança pública.

O evento é realizado na SP Expo, no Pavilhão Imigrantes, Zona Sul da capital paulista, até a sexta-feira (27).

Vigilantes nas escolas

Nesta semana, cerca de 774 vigilantes desarmados começaram a trabalhar na segurança de escolas estaduais de São Paulo selecionadas. Cada escola terá um profissional.

Segundo o governo, eles irão atuar inicialmente na Região Metropolitana. Ao todo, a gestão estadual pretende contratar mil vigilantes.

A medida tinha sido prometida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em abril, junto com a contratação de psicólogos, após uma professora morrer e outras quatro pessoas ficarem feridas em um ataque na escola Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Sul da capital paulista.

À época, a gestão estadual afirmou que os profissionais deveriam começar a trabalhar entre os meses de junho e julho. Os agentes foram contratados de uma empresa privada e vão trabalhar nas unidades desarmados.

Seleção das escolas

De acordo com o governo, a seleção das escolas atendidas foi feita por 91 diretorias regionais de ensino com base nos critérios de vulnerabilidade da comunidade e convivência no ambiente escolar.

O projeto prevê ainda que as empresas selecionadas contratem agentes homens e mulheres com formação profissionalizante na área de segurança, e exige a consulta aos antecedentes criminais dos selecionados.

Os vigilantes devem circular dentro da escola e avisar a direção qualquer ocorrência.

Ainda segundo a gestão estadual, serão investidos R$ 70 milhões por ano no projeto.

Com Informações: G1

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