Conjunto histórico da Fazenda Sertão em Suzano é tombado pelo Compac
Foto: Divulgação Secop

Conjunto histórico da Fazenda Sertão em Suzano é tombado pelo Compac

Entre os bens arquitetônicos presentes nessa decisão, ocorrida no último dia 17 (quinta-feira), estão a Capela de Santa Helena e a Escola Estadual Helena Zerrener

O Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac) definiu, em reunião deliberativa realizada no último dia 17 de agosto (quinta-feira), data alusiva ao segmento, que o conjunto histórico da Fazenda Sertão, localizada no distrito de Palmeiras, região sul da cidade, passa a ser o segundo bem tombado de Suzano, assim como ocorreu com a Academia de Judô Terazaki no ano passado. Com a decisão, ficam tombados os conjuntos arquitetônicos formados pela Capela de Santa Helena e a Escola Estadual Helena Zerrener.

Na mesma reunião, ocorrida na sede da Secretaria Municipal de Cultura (rua Benjamin Constant, 682 – Centro), os conselheiros também decidiram que serão incluídas na lista de bens de interesse cultural, dentro da Zona Especial de Preservação Cultural (Zepec), a Fazenda Santa Helena, o chaminé do antigo alambique onde se produzia a Água Ardente Sertão e o Loteamento Clube dos Oficiais, além do próprio Clube dos Oficiais. Todos esses espaços pertencem à área que constitui a antiga Fazenda Sertão. Essa propriedade ocupava um terço do território atual de Suzano e estendia-se para um trecho significativo de Ribeirão Pires.

A decisão foi tomada após aprovação unânime das representações que integram o Compac. Entre eles estavam integrantes da administração municipal, incluindo as Secretarias Municipais de Cultura, de Planejamento Urbano e Habitação, de Meio Ambiente e de Educação; do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/SP); da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Suzano (Aeaas); e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). A presidente do conselho, Cind Kelly Octaviano, conduziu a reunião, que contou com a participação do diretor de Cultura de Suzano, Amaury Rodrigues.

O tombamento representa o reconhecimento por parte do município da importância histórica, cultural e arquitetônica do conjunto da Fazenda Sertão para a identidade local, que passa a receber ações voltadas à sua preservação, impedindo que esses bens venham a ser destruídos ou descaracterizados. Assim, os espaços elencados são oficializados como referências para a preservação da memória coletiva de Suzano.

A presidente do Compac enfatizou que a consolidação desse processo valoriza os elementos que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade suzanense. “O patrimônio cultural, tanto material como imaterial ou paisagístico, constitui uma forma de documento que elegemos deixar para as próximas gerações, capaz de expressar de forma plástica nossas características e nossos valores enquanto sociedade, ou seja, nossa estética”, declarou Cind.

O diretor de Cultura destacou a representatividade do conjunto tombado para a história do município. “A Fazenda Sertão representa um dos núcleos de formação onde passou a ser constituída a cidade de Suzano, juntamente com Baruel, Guaió e Boa Vista. A história foi remontada a partir de documentos levantados pelos pesquisadores do Compac que remetem ao século XIX. A valorização deste local ajuda a entendermos melhor as raízes do município”, afirmou Rodrigues.

O vice-prefeito e secretário de Cultura de Suzano, Walmir Pinto, frisou que o reconhecimento do valor histórico da Fazenda Sertão é muito relevante para o patrimônio cultural do município. “A valorização dos elementos que fazem parte da nossa história contribui com o fortalecimento da nossa identidade. O cuidado com esses bens favorece a sociedade e as futuras gerações, que poderão ser apresentadas às referências históricas e culturais do município”, avaliou.

Por sua vez, o prefeito Rodrigo Ashiuchi reforça que o desenvolvimento da cidade também passa pela atenção com a tradição local. “Temos ciência da importância de defender nossos bens materiais e imateriais. Saber de onde viemos e como o município se desenvolveu nos ajuda a projetar nosso futuro, com a consciência do valor de nossa história, do nosso território e das construções que devemos preservar, assim como os costumes que são associados à nossa cultura”, sublinhou o chefe do Executivo.

Com Informações: Secop

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