Chuvas e altas temperaturas prejudicam plantio em Suzano

O presidente do Sindicato Rural de Suzano, Ricardo Sato, alertou para a perda na produção de hortaliças devido à proliferação de pragas.

As recentes chuvas que atingem a região do Alto Tietê têm gerado prejuízos ao setor agrícola de Suzano. No município, segundo informou a Defesa Civil, o índice pluviométrico no domingo (29) foi de 43 milímetros (mm). O presidente do Sindicato Rural de Suzano, Ricardo Sato, alertou para a perda na produção de hortaliças devido à proliferação de pragas.

Segundo Sato, a combinação de chuvas fortes, por mais que estejam dentro do esperado para a época do ano, com as temperaturas relativamente elevadas, proporcionam um ambiente propício aos fungos, gerando déficit nas plantações de hortaliças com o aumento do número de descartes. “Chuvas e elevadas temperaturas desde o início do verão vêm afetando a produção de folhosas. Além do desenvolvimento dos pés ser prejudicado pelo clima, o descarte é elevado devido à incidência de fungos e bactérias”, afirmou.

Devido às dificuldades na produção e aumento de demanda em contraste à redução da oferta, de acordo com o presidente do Sindicato, o preço dos produtos para o consumidor deve subir. “A oferta vem se estreitando significativamente nas últimas semanas, enquanto a demanda se recupera lentamente após o período de férias. Esse cenário levou ao aumento nas cotações e a oferta restrita sustenta o mercado. Para a próxima semana, os preços tendem a se manter em níveis altos”, explicou.

Para Sato, parte dessas ocorrências se justificam pelo terceiro ano do fenômeno climático “La Ninã”, que consiste na queda anormal da temperatura do Oceano Pacífico, o que acaba por gerar alterações na condição climática do país sendo que para a região Sul e Sudeste, esses efeitos costumam ser imprevisíveis.

Com isso, Sato afirmou que a agricultura familiar, se comparado aos grandes produtores, acaba por ser as mais atingidas pelos fenômenos naturais: “A agricultura familiar, sem sombra de dúvida, sofre significativamente mais estes impactos da intempéries, pois a produção se concentra em apenas uma unidade produtiva que é significativamente menor que a de grandes produtores, que possuem outras áreas produtivas, não concentrando a produção em uma única microrregião”, pontuou o presidente do sindicato.

Uma das alternativas, segundo Sato, “é o sistema de cultivo protegido por sistema de telhado ou mesmo em estufas próprios para produção de hortaliças, porém o custo de implantação do sistema e de valor elevado”.

Com Informações: Portal News

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