Anvisa define pomadas para cabelo que podem voltar ao mercado

As pomadas liberadas devem conter até 20% de concentração do emulsionante Ceteareth-20 e nenhum relato de eventos adversos graves

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu, nesta segunda-feira (20/3), as pomadas para cabelo que podem voltar ao mercado. A lista é composta por produtos com até 20% de concentração de Ceteareth-20, uma substância emulsionante relacionada ao aumento significativo do risco de cegueira quando usado em altas dosagens.

A substância é amplamente utilizada nas fórmulas de cosméticas para misturar outros ingredientes. No entanto, observou-se que os produtos com altas concentração de Ceteareth-20 foram os mesmos que causaram os efeitos adversos oculares graves nas pessoas.

As pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos que não foram incluídas à lista da agência continuam com a venda suspensa, considerando os relatos de eventos adversos graves relacionados à intoxicação ocular.

“A Anvisa decidiu manter fora do mercado, como medida de precaução, apenas os produtos que deram causa aos eventos adversos graves, além daqueles cujos processos de regularização sanitária estão em desacordo com as normativas vigentes e os que possuem a concentração de Ceteareth-20 ? 20%”, informa a agência.

Investigação segue

De acordo com a Anvisa, a investigação sobre os produtos permanece em andamento e, por enquanto, apenas as altas dosagens de Ceteareth-20 foram associadas à intoxicação.

“Dessa forma, como medida de precaução, fez-se oportuno manter a interdição cautelar para os produtos que estejam nessa condição, permitindo o retorno ao mercado de parte dos produtos que possuem essa substância abaixo da concentração de 20% em suas fórmulas”, informa a agência.

Entre os cerca de 2,5 mil produtos regularizados inicialmente, apenas 930 poderão retornar ao mercado neste primeiro momento. A lista completa foi atualizada no site da Anvisa.

Desde o início do ano, a Anvisa já cancelou a autorização de 635 produtos por motivos como uso de ingrediente não autorizado ou fora do limite, ausência de declaração do responsável técnico da empresa e falta de documentos sobre estudos e testes solicitados.

Intoxicação ocular

A suspensão da venda das pomadas para cabelo ocorreu após uma série de denúncias de consumidores que utilizaram as pomadas e sofreram intoxicação ocular. Os primeiros casos foram registrados em janeiro deste ano. De acordo com os relatos, as irritações mais graves começaram após o produto ter se misturado com suor e água.

Com Informações: Metrópoles

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