O título da edição 31 é ‘Nessa Turma todos têm voz’.

Mauricio de Sousa apresenta a primeira personagem surda da “Turma da Mônica” na edição 31 dos quadrinhos com o título “Nessa Turma todos têm voz”. A nova personagem, chamada Sueli, vai se comunicar com outros personagens em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

Sueli tem 9 anos, é filha da engenheira de software Natália e do professor de Educação Física Jairo e tem um irmão, Felipe. A jovem é fã de esportes – bem na tendência Troy Bolton – e será apresentada na história durante uma atividade da aula de Educação Física que será ministrada pelo seu pai, Jairo.

Durante a história, ela vai aparecer se comunicando com seu irmão em língua de sinais. Isso vai gerar curiosidade na turminha e será a oportunidade para abordar esse assunto na nova edição.

Ao que tudo indica, ela vai ficar muito amiga de Mônica e Cebolinha e eles vão partir numa aventura juntos, o que é bem a cara da turminha! Mesmo quando o assunto é representatividade. Afinal, Sueli não é a primeira personagem que traz essa questão para os quadrinhos da “Turma da Mônica”.

Já houveram outros personagens com foco em representatividade, como: Luca, um garoto descolado que usa cadeira de rodas; Dorinha, uma menina muito fashion que é cega e cujo desenho foi inspirado na educadora Dorina Nowill; Tati, uma garota com síndrome de Down inspirada na autora teatral e atriz Thati Piancastelli; e André, um simpático menino autista.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% da população brasileira têm alguma deficiência auditiva. Isso representa um total de 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões possuem surdez profunda.

Então, já era tempo da primeira personagem surda da “Turma da Mônica” acontecer. O desenvolvimento da personagem veio de uma colaboração entre a Mauricio de Sousa Produções e a 24ª Surdolimpíada junto com os professores da Derdic.

A Derdic é uma instituição sem fins lucrativos que atua na educação, acessibilidade e empregabilidade de surdos e no atendimento clínico (SUS) a pessoas com deficiência auditiva e intelectual.

A fim de representar a realidade e o cotidiano das pessoas surdas, as histórias de Sueli vão trazer prioritariamente o uso da comunicação em Libras. Mas, também haverão situações que vão apresentar surdos que usam o português oral, a fim de quebrar paradigmas e reforçar a importância da acessibilidade e da inclusão.

Com Informações: Multiverso Notícias