Psicóloga de Suzano é selecionada para atender soldados da guerra em Israel
Foto: Reprodução Redes Sociais

Psicóloga de Suzano é selecionada para atender soldados da guerra em Israel

A psicóloga e psicanalista Luciana Inocêncio, de Suzano, foi selecionada pela Fisesp para oferecer atendimento psicológico e apoio emocional para israelenses que moram no Brasil e para brasileiros que estejam em Israel, sendo afetados diretamente pela guerra

A psicóloga e psicanalista Luciana Inocêncio, de Suzano, foi selecionada pela Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) para oferecer atendimento psicológico e apoio emocional para israelenses que moram no Brasil e para brasileiros que estejam em Israel, sendo afetados diretamente pela guerra, que acontece há 25 dias, desde que o país sofreu um ataque inesperado do grupo Hamas.

Realizada por meio de uma plataforma online, a terapia é oferecida gratuitamente e voltada, inclusive, para soldados que estão em combate e seus familiares. A maior parte dos acolhimentos é voltada a israelenses que viviam no Brasil e foram convocados para a guerra, deixando para trás trabalho, amigos e família. As atividades são realizadas de duas a três vezes por semana, com cinco horas de diferença no fuso horário.

Devido à sua ampla experiência no tratamento de traumas e de transtornos, Luciana foi convidada para integrar o projeto por um grupo de psicólogas e de professoras da Pontifícia Universidade Católica (PUC), onde cursou uma de suas especializações. Ela é a única profissional de saúde mental do Alto Tietê a integrar a equipe terapêutica e uma das poucas do estado de São Paulo.  

De acordo com a psicóloga, que já iniciou os atendimentos, a maior parte dos pacientes tem apresentado estresse pós-traumático severo. “É muito sofrimento, além da presença de incertezas, de medo e de insegurança. Estes soldados veem pessoas próximas morrerem todos os dias. É muito triste saber que, quem está passando com você hoje em terapia, amanhã, talvez, nem esteja mais viva. A ideia do atendimento é dar apoio emocional e mostrar que eles não estão sozinhos”, diz ela.

Luciana também tem atendido brasileiros que viviam em Israel e que foram resgatados do conflito e trazidos para o Brasil. Segundo ela, a mudança repentina de país e o convívio com o horror da guerra também tem deixado sequelas graves nos repatriados. “Tem um brasileiro que atendo que não sai na porta do quarto – mesmo estando longe do conflito, em casa, seguro no Brasil. Ocorre que as consequências de uma guerra na mente são devastadoras. Também estamos atendendo familiares de quem está em guerra, incluindo filhos de soldados, crianças”. 

A iniciativa tem a coordenação do Sistema Comunitário de Apoio em Emergências e do Departamento de Segurança Comunitária (DSC) da Fisesp e conta com o apoio clínico do Hospital Israelita “Albert Einstein”.

Com Informações: Notícias de Mogi

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