Mudança também obriga passageiros a fazerem baldeação em Suzano, tornando as viagens mais demoradas

A nova estratégia operacional adotada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitana (CPTM) para a Linha 11 – Coral tem reduzido a circulação de trens nas estações de Mogi das Cruzes e obrigado, em alguns períodos do dia, os passageiros a fazerem baldeação em Suzano e Guaianazes, o que torna as viagens mais longas. 

De acordo com a estatal, o objetivo das mudanças, que incluem viagens somente entre as estações Luz e Suzano, é minimizar os impactos nos trechos de maior movimentação, já que a linha transporta em média 520.600 passageiros por dia útil, sendo que 475.828 destes circulam entre Luz e Suzano, ou seja, 91,4% da demanda da linha. 

“A CPTM adotou nova estratégia operacional para a Linha 11-Coral nos horários de pico da manhã e tarde. As viagens entre Luz e Guaianases (loop interno) e Luz e Estudantes estão mantidas, mas a companhia está realizando viagens entre as estações Luz e Suzano, com o objetivo de melhorias nas manobras operacionais, propiciando mais fluidez na circulação no trecho de maior movimento, entre Luz e Suzano”, explicou, em nota. 

Para justificar a medida, a companhia destacou ainda que o trecho entre as estações Suzano e Estudantes é cortado por seis passagens de nível que impõem restrição de velocidade às composições que passam pelos locais, o que interfere pontualmente no tempo de viagem no trajeto. 

A redução da velocidade é necessária para garantir a segurança de motoristas e pedestres. “Por estes motivos, o encerramento dessas travessias é fundamental para que a CPTM possa aumentar a velocidade de circulação dos trens e diminuir o intervalo médio entre composições no trecho entre Mogi e Suzano, beneficiando os passageiros de toda a Linha 11-Coral”, acrescentou. 

Baldeação 

Com as viagens entre as estações Luz e Suzano, os passageiros de Mogi que estão nas composições que percorrem somente esse trecho são obrigados a fazer baldeação para seguir até as estações Jundiapeba, Braz Cubas, Mogi e Estudantes, como é o caso da jornalista Stefanie Leandro, que utiliza a Linha 11 para trabalhar em São Paulo. 

“Essa mudança de trem atrasa um pouco a viagem e muitas pessoas são pegas de surpresa. Elas só se dão conta que o trem não seguirá até Mogi quando já estão dentro do vagão e são informados pelo sistema de som. Eu mesma fico olhando a comunicação visual do lado de fora do vagão que informa o destino final. Muitas vezes acabo esperando para pegar outro trem e não ter que fazer a baldeação”, declarou. 

Com Informações: Grupo Mogi News