Escritório cobra por serviços prestados ao artista; penhora determinada pela Justiça é de 30% dos valores a serem recebidos pelo cantor

A desembargadora Carmen Lúcia da Silva, da 25ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou a penhora da bilheteria de um show realizado pelo cantor Lobão no último sábado, 20. A decisão ocorre em um processo movido por um escritório de advocacia, que cobra por serviços prestados ao artista. A informação foi divulgada pelo colunista Rogério Gentile e confirmada pelo Terra.

“Defiro parcialmente o pedido de antecipação da tutela para majorar o percentual da penhora para 30% dos valores a serem recebidos pelo executado [cantor] no show a ser realizado no dia 20/05/2023, na casa Tokio Marine Hall”, disse a magistrada na decisão que a reportagem teve acesso. Cabe recurso.

O show citado pela desembargadora foi realizado pelo cantor de rock em parceria com a banda Biquini, em São Paulo, e os ingressos custaram entre R$ 200 e R$ 380.

Segundo a decisão da Justiça, a sociedade de advogados pediu a penhora integral de todos os créditos que seriam destinados a remunerar a apresentação do cantor e afirmou que ele é “sócio e administrador de uma empresa e reside em bairro nobre na capital, sendo inegável sua notória estabilidade socioeconômica.”

O Terra tentou contato com a assessoria de Lobão, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Dívida de R$ 280 mil

Segundo Rogério Gentile, o escritório de advocacia Bichara Advogados moveu o processo contra o cantor por honorários de serviços que alega terem sido realizados em 2014 e 2015. A dívida está em torno de R$ 281 mil.

Lobão alega à Justiça, no entanto, que o escritório foi contratado para atuar no espólio do pai, que faleceu em 2004, e que sua responsabilidade na dívida é parcial.

Com Informações: Terra