Alto Tietê tem mais de 1,7 mil pessoas em situação de rua
Foto: Divulgação / PMMC

Alto Tietê tem mais de 1,7 mil pessoas em situação de rua

Dados divulgados pelo Governo Federal não condizem com os números levantados por algumas prefeituras da região

As dez cidades do Alto Tietê somaram 1.725 pessoas em situação de rua no mês de abril, segundo dados do Cadastro Único divulgados pelo Governo Federal. Suzano é o município que mais sofre com o problema, onde a população vivendo nessas condições é composta por 602 homens e mulheres. A Prefeitura do município, por sua vez, afirma que os dados do CadÚnico não refletem a realidade local, uma vez que o levantamento municipal contabiliza aproximadamente 200 pessoas nas ruas.

De acordo com a administração municipal, “o público em questão é flutuante e muitas dessas pessoas se cadastraram tempos atrás e não se encontram mais na cidade”. O Executivo explica que a cada dois anos, pelas regras estipuladas pelo Governo Federal, é necessário realizar a atualização das informações. “Do contrário saem do sistema do município. Inclusive, é possível até que mudem o local onde estão vinculadas, caso façam novamente o cadastro em outra cidade”, acrescentou, em nota.

Para atender essa população, a cidade promove abordagens por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “Além de acolhimento e serviços públicos de saúde, reinserção social e capacitação profissional, também há a oferta de recâmbio para suas cidades de origem, caso seja do interesse dessas pessoas e também se houver parentes que os recebam”, explicou.

O município destacou ainda que nos últimos meses aumentou de 50 para 80 o número de vagas em abrigos de entidades com quem são mantidos convênios. No local são oferecidos banho, alimentação, acolhimento para pernoite e orientação social, sendo que neste período de temperaturas baixas foram criadas mais 15 vagas.

Mogi

Em Mogi, onde o Cadastro Único aponta 600 moradores de rua, a cidade afirma que no total são 350 pessoas nessas condições, sendo que aproximadamente 180 estão abrigadas em unidades de acolhimento institucional.

O município conta com seis unidades permanentes de acolhimento institucional que reúnem 186 vagas e operam ao longo de todo o ano. Nesses locais, as pessoas recebem atendimento integral, incluindo alimentação, higienização e pernoite, além de atendimento psicossocial, conforme necessidade.

A Prefeitura de Mogi também informou que durante todo o ano é feito o trabalho de abordagem social à população de rua, que localiza este público e atua no convencimento e tentativa de encaminhamento das mesmas para outros equipamentos e serviços, buscando retirá-lo da situação de risco. E há ainda o Centro POP, que é a unidade de referência no atendimento a esse público.

“Para reforçar o atendimento às pessoas em situação de rua no atual período, em que o frio se intensifica, a Secretaria de Assistência realiza a Operação Inverno, que neste ano foi iniciada no último dia 5. Ela consiste na ampliação dos horários das equipes de abordagem social e também na abertura do Ginásio Municipal para o acolhimento emergencial de pessoas em situação de rua, com 30 vagas adicionais no serviço de pernoite”, acrescentou, em nota.

Itaquá

Com 164 pessoas em situação de rua, segundo dados do Governo Federal, e cerca de 40 de acordo com a Prefeitura, Itaquá lançou recentemente a Operação Noites Frias para ampliar o acolhimento desse público. A ação atua em três frentes: atendimento na praça central no início da noite, acolhimento no albergue durante a madrugada, além de alimentação e higienização no Centro POP no decorrer do dia.

Uma base foi montada na praça Padre João Álvares, no centro, para oferecer chocolate quente, chá, cobertores, itens de inverno como luvas, meias e moletons, além de transporte para quem desejar ir para o albergue. O atendimento é feito das 18 às 22 horas.

Ferraz

Em Ferraz, com 87 pessoas vivendo nas ruas conforme dados do CadUnico de abril, a administração municipal afirma que esse número é sazonal, uma vez que muitas das pessoas se encontram em trânsito. Em janeiro, por exemplo, o Serviço de Acolhimento de Adultos e Famílias (SAIAF) atendeu 77 pessoas, contra 39 em março.

“Os números totais de atendidos, todavia, não refletem a média de ocupação do serviço, sendo que em torno de 30 atendimentos são somente um pernoite. A média de atendimentos diários são de 20,3, isto é, das 30 vagas disponíveis em torno de 20 ficam em média ocupadas. Desse modo, a Secretaria de Assistência Social, por enquanto, não prevê a ampliação das vagas”, acrescentou a atual gestão, em nota.

As estratégias para lidar com a vulnerabilidade e as questões meteorológicas seguem sendo os serviços socioassistenciais já existentes, como Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (SAICA) e o Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias (SAIAF) que oferece pernoite, banho e alimentação para pessoas em situação de desabrigamento.

Com Informações: Portal News

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